Mulheres na liderança: como superar os desafios e conquistar espaço

A carreira das mulheres tende a ser mais influenciada por fatores pessoais e padrões sociais, que impõem barreiras como a menor aceitação no mercado de trabalho, através de processos de seleção que priorizam candidatos masculinos, falta de apoio das empresas nos momentos em que ela precisa desacelerar a sua carreira e menos apoio ainda quando se trata da retomada dessa carreira.

Hoje inclusive temos cada vez mais acesso ao conhecimento sobre padrões inconscientes do nosso cérebro, que levam a essa discriminação e são conhecidos como vieses implícitos, ou inconscientes, tratando-se de uma relíquia universal e indesejada de um passado ancestral e que pode se revelar de maneira insidiosa em várias situações cotidianas.

Para ilustrar o caminho que ainda precisamos percorrer em busca da equidade de gênero em cargos de liderança nas organizações, de acordo com a pesquisa mais recente do International Business Report da Grant Thornton as mulheres ocupam hoje no Brasil 34% dos cargos de liderança em diretorias executivas e quando o assunto é o cargo específico de CEO, esse percentual é de 32%.

Pensando nas ações que você pode tomar para acelerar a sua carreira, preparei cinco dicas que poderão ajudá-la a conquistar a posição profissional que almeja.

É necessário entender em que ponto da sua carreira você está e quais são os seus objetivos de crescimento, para assim conseguir identificar quais são forças impulsionadoras e quais você ainda precisa desenvolver para atingir cada uma das metas de carreira determinadas.

É essencial definir os passos que precisarão ser dados, como por exemplo, cursos e formações visando a qualificação para assumir cargos superiores.

Outro fator que costuma pesar na vida das mulheres diz respeito à organização da vida pessoal, se preparando para impor mais energia nas questões profissionais nos momentos em que isso se fizer necessário. Para se sentir mais segura ao dar passos maiores na carreira, pode ser importante formar uma rede de apoio com a qual possa contar, por exemplo, nos cuidados com os filhos, assim como distribuir de forma mais igualitária entre as pessoas da casa as responsabilidades conhecidas como “trabalho invisível”, que abrange tarefas domésticas e de cuidados, para evitar a sobrecarga e exaustão.

Um estudo realizado pelo LinkedIn mostrou que as mulheres têm propensão 20% menor de se candidatar para uma vaga do que um homem e quando o fazem esperam ter 100% das qualificações, enquanto os homens quando preenchem 60%.

Isso demonstra como as mulheres se sentem inseguras, primeiro pelo desafio de serem reconhecidas pelos recrutadores como candidatas com chances iguais de ocupar uma vaga e segundo pela cobrança que fazem a si próprias de fazer frente aos candidatos do sexo masculino.

É preciso quebrar estas crenças limitantes e não deixar as oportunidades escaparem.

Uma pesquisa da empresa multinacional de tecnologia Accenture, de 2018, aponta que as mulheres crescem mais rapidamente quanto elas têm envolvimento em networking.

Essa troca permite que elas enxerguem melhores oportunidades de crescimento em outras empresas, quando já investiram em qualificação e ainda assim não conseguem conquistar espaço na empresa onde trabalham especificamente.

Busque uma referência de liderança dentro da empresa e que possa ajudá-la no aconselhamento de carreira, orientações e feedbacks. Normalmente esse papel é realizado por um (a) profissional com cargo executivo.

No caso do sponsorship, o(a) executivo(a) responsável por ajudá-la nesse crescimento em geral possui certa relação hierárquica com você, acreditando no seu potencial e se mostra disposto(a) a apoiar e defender sua promoção nos fóruns formais e informais da organização.